domingo, 12 de dezembro de 2010

Balbúrdia na pensao

Meados do mês de Junho em Salzburgo o tempo é chuvoso mas a temperatura é amena. Em algumas terras deste globo os corpos já comecam a ficar mais à mostra e consequentemente as hormonas sexuais pulam com menos controlo. Por aqui os corpos ainda continuam tapados mas as hormonas, talvez pelo que veem na televisao, só pode, também saltam e pulam de contentamento e que digam os grupos de estudantes que visitam Salzburgo por esta altura. Muitos destes estudantes vêm do outro lado do oceano, dos U.S and A, valha-lhes os paisinhos ricos, na minha altura quando se fazia uma viagem de final de escola ou visita de estudo era a Peniche ou areia branca ou Conimbriga e já gozávamos. O acontecimento que hoje vos conto é passado com um desses grupos que nos visitou. Eram por volta de uns 25 alunos e 3 professores, as idades dos alunos e alunas deveria rondar os 17 e 19 anos, chegaram todos muito animados numa grande galhofa, que para quem trabalha também é muito giro, ver umas caras novas e algumas larocas mas também é difícil para memorizar todas essas caras. O grupo entrou e foram para os seus quartos. Passado uma horita reúnem-se todos na sala do pequeno-almoco para uma reuniao de grupo. Mal acaba a reuniao, vem um grupo de meninas mais espevitadas a perguntar sítios para irem dancar. O bom do Tintas lá lhes disse onde poderiam ir, e quase lhes disse à saída, tenham juízo minhas filhas, tipo pai responsável que deixa as suas filhas sair à noite pela primeira vez. Certos pais como uns que eu conheco fizerem-no todas as noites devido às más experiências que tiveram com um dos seus rebentos mais fofos, atchimmm. Taditos!!
A noite lá se foi passando e o grupo lá foi chegando às mijinhas à pensao, uns mais tortos do que outros, um desses grupos que chegou até ficou comigo à conversa até às 3h da manha. Apesar de algumas cadelas que entraram pela pensao tudo me pareceu normal, até ao outro dia da manha. Um dos professores resolve ir acordar a rapaziada aos quartos em jeito de surpresa quando o surpreendido é ele quando chega a um dos quartos e vê, um dois para dois com balizas de um passo feitas com pantufas. Nao perceberam? No quarto estavam dois casalinhos a brincar aos médicos e enfermeiras e o pior os médicos era cá da terra, nao faziam parte do grupo dos alunos. Eu nao os vi, a mim pareciam-me tao americanos como os outros. Bem, como podem imaginar foi a balbúrdia na pensao, o professor quis chamar a polícia e assim fizemos para ver se o senhor se acalmava mas quando os ditos Polizei chegaram nao ajudaram muito à festa e ainda se riram um bocado a com a situacao. O Sr. Professor esqueceu-se que as meninas aqui por estas terras sao maiores de idade e já sao responsáveis pelo o que trazem para os seus aposentos. As meninas quase tiveram com um pé nos Estates, gracas ao choradinho que fizeram e promessas de bom comportamento lá conseguiram convencer o Prof em ficar até ao fim da visita.
A mim após este episódio só me resta esperar que até ao nascimento da minha filha seja legalizado a introducao de chips com GPS nas pessoas que é para meter um na minha filha e saber onde é que ela anda e com quem. Um bem haja a todos e um feliz Natal!

Eu nao soule chinês eu soule japonês

Para os meus seis seguidores deste blog aqui vai mais uma história ou histórizinhas, porque desta vez nao será sobre ninguém em especial. Ooooohhhh. Também acho triste mas como poderao imaginar é me muito difícil diferenciar entre chineses, japoneses ou filipinos ou o que quer que seja, para mim tem todos olhos em bico, ar muito amarelado, todos se estao sempre a rir e todos nao falam um caracol de qualquer outra língua, ok nem todos mas sao muito muito poucos os que falam. Por um lado é muito bom que eles nao falem uma beata de outra língua assim podes falar em qualquer língua que entendem à mesma, já tive conversas em português com estes indivíduos de olho rasgado, a sério! E acho que eles saíram bastante satisfeitos com as minhas palavras, pelos menos pelo o ar de contentes que levavam e o abanar afirmativo da cabeca, tudo me indicava que tinham percebido tudo o que eu lhes tinha dito. Mas muita das vezes era eu que os nao percebia, vinham eles com o seu melhor ar e comecavam a falar comigo e eu sem perceber nada dava-lhes logo o mapa da cidade e indicava-lhes o caminho para o centro e eles rindo e dizendo que nao com a mona, das únicas vezes que diziam que nao, me mostravam o seu cantil de água. Todos eles desejam água quente, impressionante, sempre que tenho um grupo de lim po pós lá tem o Tintas que aquecer uns bons litrinhos de água que é para alimentar aquela gente. Eu acho que eles utilizam aquela água que é para juntar à comida e até tenho uma teoria, eu acho que eles trazem uma bagagem só com roupa e outra só com comida de pacote ou entao fazem caldo de pézinho de chinês e depois comem como sopa, assim é que se tornam poupadinhos e o país deles cresce como tem acontecido nos últimos anos!
Como falei em cima há poucos que falam inglês e os poucos que falam sao os meus maiores fans, fazem me sentir o Cristiano Ronaldo das recepcoes mas sem guita. E o porquê desta comparacao, porque elas vem de mansinho e perguntam-me se eu lhes posso tirar uma foto junto à fotografia do Mozart, qual será o hotel nesta terra que nao terá uma foto do Amadeus no hall de entrada, e como bom funcionário que sou digo-lhes que sim, em seguida e como me apanham fora da recepcao pedem-me logo se podem tirar uma foto comigo que é para mostrarem às amigas que tiveram algo com um homem na Europa, doidas. Calma, eu aviso no topo do Blog que quando fosse ficcao eu avisava, a última parte deste relato é a mais pura ficcao.
Mas como tudo na vida há a excepcao à regra, a chinoca muita chata que fala inglês, medo! Uma senhora que veio numa molhada de pinopons amarelos mas que nao tinha feito reserva com o restante do grupo. A senhora queria um quarto para dormir de graca, ela dizia que os nossos quartos eram muito caros e que nao tinha dinheiro para aquilo. E eu, se nao tens dinheiro para os nosso quartos entao vai para outro hotel. E ela dizia que noutro hotel o preco deveria rondar o mesmo do que ali no meu. Até tinha razao! Conversa vai, conversa vem a senhora conseguiu levar a conversa para minha casa, sim, ela conseguiu dar a volta a conversa e a mim também e chegou ao ponto de me pedir para ir dormir a minha casa lá no sofá da sala. Lá lhe tentei explicar com a minha paciência de chinês que era impossível e em desespero de causa e porque estava a ver que ela nao me largava e a esta ideia lhe disse, olha dorme praí num dos quartos do grupo e com sorte com tanto olho em bico pode ser que o meu chefe nao dê conta que tu estás ái no meio! Assim ela o fez e acho com o maior dos sucessos porque até agora o meu chefe nao me disse nada.
Raios partam alguns mochi mochi.