As aventuras do Tintas nas caraíbas. É verdade o segundo capítulo já aqui espreita e já com os pés bem assentes em solo Puerto riquenho mas infelizmente sem a Jennifer Lopez por perto. E que maravilha é Puerto Rico, a sério! Agora que já passou algum tempo sobre estas minhas férias, penso que fiz uma viagem ao futuro, agora é que vos baralhei, e a mim também, que tinham pensado escrever uma coisa e me está a sair tudo ao contrário, bem avance-mos, acho que fiz uma viagem a um país, que acho que no futuro será igual a um país que nós que lemos estas aventuras gostamos muito. Vejam lá se advinham?
Parece-me que ouvi lá atrás alguém a gritar, Portugal, é isso mesmo, quem diria não é. Como é que um país no meio das caraíbas pode ser a imagem do futuro de Portugal? Pode, eu já explico porquê. Já ficaram todos chitadinhos não foi? Já estão todos a bater palminhas de contente a pensar que vamos ter 30 graus o ano inteiro e as praias da caparica com água azul turquesa. Estes dois pontos até não seriam nada maus, mas infelizmente o que me fez ver que há uma proximidade entre estes dois países não é isso. Os pontos em "comum" são tantos que me é difícil escolher um para começar.
Bem vou começar por um que cada vez mais ganha cada vez mais adeptos no nosso Portugalzinho, a cor da pele, calma juventude isto não é nenhum texto racista, não me mandem já prender. Ora então, cada vez mais os portugueses estão com o tom de pele parecido com o dos puerto riquenhos assim aquele moreno cor de burro quando foge, sabem aquela cor que o surfistas tem na cara, mãos e pés por estar sempre de fato dentro de água, é essa mesmo e porquê? Porque na realidade há mais gente a fazer surf em Portugal e é normal que quem passe muito tempo em contacto com o Sol fique assim. Estavam à espera que eu fizesse alguma piado-la com esta não?
Em Puerto Rico há em média 3 carros por família, em Portugal também só que a grande diferença é que lá o litro de gasolina custa entre 0,60€ e 0,70€ e em Portugal chega a 1,00 e tal e bota tal nestes cêntimos que faltam, mas nós mesmo assim casmurros como somos gostamos de nos exibir no nosso carruncho e leva-lo para todo o lado e depois queixarmos-nos que a gasolina está cara e os seguros dos carros estão tão caros, etc, etc, não se armem em puerto riquenhos mas é e andem de transportes. Aqui podem dar graças a Deus nosso senhor por não viverem em Puerto Rico mais especificamente em San Juan, porque os transportes públicos passam quando o rei faz anos, não é quando o rei faz anos porque não há um rei em Puerto Rico mas mais propriamente quando o dono do autocarro quer passar por ali. Supostamente os autocarros deveriam passar a cada 20 minutos mas nunca fiando ou dás corda aos pés ou então compras um carrinho para te deslocares.
O Ponto anterior leva-me ao ponto seguinte, a falta de dinheiro. Tuga não é tuga se não se queixar que não há dinheiro para nada, mas depois quando vamos a ver é raro o tuga que não tem o telemóvel topo de gama e que não vai quase todos os fins de semana para a ramboia bater o pézinho, tal e qual, neste momento quase poderei dizer "nossos irmãos" puerto riquenhos tantos são os pontos em comum que nós partilhamos, eles também só usam telemóveis da nova geração e só querem é reggaton e um bom sacode a bunda para animar as hostes. Por falar em sacode a bunda também eu queria aqui para a minha querida Salzburgo mas as raparigas daqui são de anca rija, não se pode ter tudo. Mas isto agora não interessa nada.
Um grande ponto a nosso favor e que partilhamos em igualdade com os Riquenhos é a simpatia, xica maluco, nunca vi povo tão simpático como eles, pá mas tao simpático que quase andam à porrada uns com os outros só para agradar os estrangeiros e darem as melhores indicacoes para os locais turísticos mas nós também somos assim, especialmente quando estamos com um copito ou outro a mais e queremos agradar as babes estrangeiras, e quase chegamos a vias de facto com bêbado do lado só para ficar com a miúda e então aí fazer-lhe toda a tour por Lisboa e arrabaldes muito mais pro menorizada. Quem me ler até parece que falo de experiência própria. Cruz credo, nunca!!
O quarto e último ponto é o espírito com que se vive. Aqui ainda estamos um pouco distantes dos nossos compadres caribenhos mas com o que vejo a passar-se no nosso cantinho à beira mar plantado e quase enterrado, espero que as dificuldades porque passamos não nos levem ao espírito Puerto riquenho que é o de tudo se irá arranjar ou que importa é ter dinheiro para este dia e amanha logo se verá o que se sucede, quando chegarmos a este ponto então aí é que a imagem cinematográfica que tive de viagem ao futuro é inteiramente real.
Para quem não percebeu este episódio foi uma forma subtil de caracterizar a forma como a população Puerto Riquenha vive e se não nos pusermos a pau a portuguesa também daqui a pouco tempo!
Mais aventuras para breve! Me aguardem mas deitados porque não sei quando me dará na veneta para escrever novo episódio.
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